domingo, 14 de setembro de 2014

Teatro Municipal de Niterói x Cine Teatro Trianon = Novo Teatro Trianon

       
        Sempre tive muita vontade de conhecer o Teatro Municipal de Niterói porque, através de fotos e de reportagens na televisão, havia percebido que o seu interior se parecia muito com o antigo Cine Teatro Trianon da minha infância e pré-adolescência.

        Nunca deixo de apreciar sua fachada exterior todas as vezes que passo em frente. E são muitas as vezes que passo por lá!

      Há alguns anos atrás, encontrei os portões abertos do Teatro Municipal de Niterói e o senhor responsável pela limpeza deixou que eu entrasse para apreciar o seu interior. Mas não deu para ver direito, pois ele havia acabado a limpeza e estava muito escuro.


         Finalmente no domingo 3 de agosto de 2014, com a desculpa de assistir a peça “Meu Caro Vizinho”, junto com minha família, pude apreciá-lo de perto. Fiquei muito emocionada com sua beleza.  O Teatro Municipal João Caetano, mais conhecido como Teatro Municipal de Niterói, realmente me lembrou o antigo Cine Teatro Trianon que minha mãe me levava nas manhãs de domingo para assistir desenhos animados e o marido da minha tia Lourdes me levava para assistir os primeiros filmes de Renato Aragão. Infelizmente nunca assisti a uma peça teatral.

      Fomos os primeiros a chegar ao Teatro. Com isso pudemos apreciá-lo melhor com direito a fotografá-lo com flash.  Percebi também que, ou eu havia crescido muito ou ele era um pouco menor que o Cine Teatro Trianon.  



     Pude comprovar, através de posterior pesquisa, que realmente o Teatro Municipal de Niterói era muito menor, pois possui uma capacidade para 400 pessoas enquanto o Cine Teatro Trianon tinha uma capacidade para 1800 pessoas.


       A obra foi considerada arrojada e o Trianon na época foi considerado um dos grandes espaços culturais do País pelo seu tamanho e arquitetura luxuosa.


       O Cine Teatro Trianon era um imponente prédio conhecido como a casa de sonho e fantasia. Um Patrimônio Artístico e Cultural de cinco décadas que a população de Campos dos Goytacazes presenciou sua demolição no amanhecer do dia 27 de junho de 1975, pois sua demolição havia sido consumada na calada da noite.

     O Prefeito José Carlos Vieira Barbosa nada fez para impedir a demolição do prédio, embora tenha recebido dias antes da demolição um veemente protesto da Associação Norte Fluminense de Engenheiros e Arquitetos. O protesto tentava sensibilizá-lo para impedir que aquele importante Patrimônio Histórico caísse nas mãos de especuladores insensíveis e inescrupulosos. Os protestos foram em vão. Em seu lugar foi construída uma agência Bradesco.

     Baseado no Decreto-lei nº 7.959 de setembro de 1945, que dizia: “todas as entidades que descaracterizarem, demolirem ou despersonalizassem uma casa de espetáculos teatrais estariam obrigadas a construírem uma similar”. Durante 14 anos muitas pessoas cobraram da Instituição Bradesco o cumprimento desta lei e ela não se intimidou negando a cumpri-la por falta de recursos.

     Porém, numa tacada de mestre, em 1989, o então Prefeito Anthony Garotinho conseguiu que a Fundação Bradesco fizesse uma doação no valor de um milhão de dólares para o início da obra do Novo Trianon. Realizando assim o antigo sonho de muitas pessoas, inclusive o do Jovem Ator de Teatro de Bolso Anthony William Matheus de Oliveira!


      O que também muito me emocionou nas minhas últimas pesquisas foi constatar que o meu querido amigo de adolescência, fotógrafo das minhas filhas quando pequenas, Vivinho, isto é, Roosevelt Oliveira Batista, foi o Engenheiro responsável pela importante obra do Novo Trianon!


     Ele possui 14 camarins, 4 banheiros públicos, hall de entrada social, sala de controle de som e luz, dois níveis de platéia com capacidade para 800 pessoas, palco com largura: 10,70m e altura: 6,00m.


      Ele é lindo! Já assisti a apresentação de uma orquestra sinfônica em um festival de Inverno de Campos dos Goytacazes.

Fonte:
http://www.culturaniteroi.com.br/municipal/