Certa vez, conversando com minha
amiga, Irmã Inês, sobre pecados e confissões ela me disse o seguinte: mesmo que
uma pessoa se arrependa dos seus pecados, se confesse e receba a absolvição
pelo padre, ainda ficarão as penas dos seus respectivos pecados que deverão ser
pagas um dia. Disse-me também que, por desconhecer tudo isso, muitas pessoas
banalizam o pecado. Pensam que podem pecar, se arrepender, confessar, ser
perdoado e em seguida pecar novamente
que serão perdoadas novamente, banalizando também o perdão!
Explicou-me que se uma pessoa
morre sem o arrependimento dos pecados graves que cometeu estará perdida. Mas, ao
se arrepender e se confessar, irá obter o perdão de Deus e pagará as penas dos
seus pecados em vida ou, caso morra antes disso, pagará no Purgatório.
Contudo, poderemos através do ano
Santo da Misericórdia pedir indulgencias plenárias das penas dos nossos pecados
arrependidos e confessados. Nesse ano o Papa, além de abrir a Porta da
Misericórdia em Roma, autorizou que fossem abertas Portas da Misericórdia em
alguns Santuários no mundo inteiro.
Com isso, deveremos, primeiramente,
nos arrepender de coração dos nossos pecados, nos confessar, assistir a uma
missa em um dos Santuários, onde foram abertas uma Porta da Misericórdia e comungar
dentro da oitava, isto é, num prazo de oito dias entre a confissão e a
comunhão.
Todo esse procedimento deve ser
realizado sem se esquecer de rezar um Pai Nosso, uma Ave Maria, um Glória ao
Pai e um Creio, pelo Santo Padre o Papa Francisco que nos concedeu esta graça,
já que tem esse poder porque está no lugar de Pedro. Jesus lhe deu esse poder quando
lhe disse em Mateus 16 (13-19) “Eu te declaro: tu és Pedro e sobre esta pedra
edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu
te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligardes na terra será ligado
nos céus, e tudo o que desligardes na terra será desligado nos céus.”
Foto Santuário Jesus Crucificado de Porto das Caixas
Poderemos pedir a indulgência
plenária das penas dos nossos pecados no Nosso Santuário Jesus Crucificado, de
Porto das Caixas, a partir do dia (26/12) quando foi aberta uma das Portas
Diocesanas mundiais da Misericórdia. Ela foi aberta em uma cerimônia que
começou às 10:30h, seguida da missa das 11:00h.
Foto de Rosa Maria Fotografias
Cerimônia de abertura da Porta Santa comandada pelo nosso Pároco Pe. Norberto.
Foto de Rosa Maria Fotografias
Cerimônia de abertura da Porta Santa comandada pelo nosso Pároco Pe. Norberto.
Foto Santuário Jesus Crucificado de Porto das Caixas
As indulgências pedidas serão
apenas das penas dos nossos próprios pecados ou de um ente querido já falecido,
porém, um de cada vez ao assistir a missa com este proposito, dentro do período
de um ano em que a porta for aberta. Dessa forma, devemos evangelizar pessoas a
pedirem suas próprias indulgências.
Foto do Santuário Jesus Crucificado de Porto das Caixas
Foto do Santuário Jesus Crucificado de Porto das Caixas
As penas dos pecados dos homens
não são castigo de Deus. Segundo Dom Cipriano Chagas, em seu livro “Votos
Secretos”, o capítulo primeiro do Livro do Gênesis nos mostra Deus estabelecendo
leis e criando todo o universo segundo essas leis. Todo o universo foi feito baseado
em leis espirituais e funciona em bases de leis naturais decorrentes dessas
leis espirituais, aplicadas cada uma no
seu nível.
A lei espiritual correspondente
está em Gálatas 6,7: “De Deus não se zomba. Aquilo que o homem semeia isto
mesmo ele colherá. Se semear na carne, da carne vai colher corrupção. Se semear
no Espirito vai colher vida eterna.”
Ainda segundo Dom Cipriano,
quando Deus estabeleceu a lei da semeadura e da colheita, estabeleceu como lei
espiritual antes da criação do homem. Uma vez criado o homem, passou este a
viver debaixo desta lei. O objetivo era fazer o homem cada vez mais feliz. Toda
boa ação – porque o homem não tinha pecado – iria reverter em colheita cada vez
mais abundante de coisas boas. A lei funcionaria para aumentar sempre mais a
felicidade do homem. Sem pecado, ele iria sempre crescer em abundancia, em paz,
em alegria, em virtude das sementes boas que estaria semeando.
Entretanto, Satanás conhecia essa
lei. Tanto fez que Adão desobedeceu a Deus. Daí por diante, coisas cada vez
mais destrutivas, cada vez mais terríveis foram caindo sobre a humanidade, até
que chegaria um ponto em que, em virtude da lei, a humanidade seria toda destruída
por causa da colheita arrasadora do sem-número das sementes más semeadas pelo
próprio homem.
Se o homem semear uma semente má,
colherá uma semente má, multiplicada, evidentemente. Ele pode achar que isso é
punição pessoal que lhe vem da parte de
Deus, quando, na verdade, é o simples funcionamento de uma lei impessoal que
age quer você creia, quer você não creia.
Dom Cipriano nos conta o que fez
Deus. Ele não podia abolir essa lei. Jesus disse que a palavra de Deus não pode
ser abolida. Enviou, pois seu próprio filho para que o mundo não fosse condenado,
mas salvo por ELE. João 3, 17 “Pois Deus não enviou o Filho ao mundo para
condená-lo, mas para que o mundo seja salvo por Ele.”
Se não intervier a graça de DEUS,
por meio de Jesus, se não se interpor a Cruz de Jesus, ela vai funcionar do
mesmo jeito. Não se trata de punição. Trata-se do livre arbítrio dado por Deus
a todo ser humano.
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