“ÁS”! Pesquisando o significado
da palavra ÁS encontrei: especialista, hábil, notável, expert, que se destaca
naquilo que faz. Porém, resumidamente, a que mais gostei foi: FERA!
Realmente, visitando hoje, o
distrito de Papucaia no Município de Cachoeiras de Macacu, junto com vários
alunos de Engenharia Ambiental e Sanitária da SUESC; a aluna da Faculdade de
Engenharia Civil da UFF, Brenda Martins de Almeida; a bióloga e estudante de
bacharel da UNIVERSO, Sibelly Fernandes dos Anjos e a Farmacêutica Industrial, Jéssica
Martins de Almeida, pudemos comprovar que a Action Shop tornou-se uma fera,
isto é, uma Empresa que se destaca naquilo que faz, um verdadeiro ‘Ás” no
tratamento de resíduos líquidos!
Quando, Arthur Prohmann, presidente da ActionShop, nosso antigo
Amigo da Escola, amigo do Ciep 424 Pedro Amorim, contou-me dos seus planos em
criar uma ETE, Estação de Tratamento de Esgotos, e começou a procurar lugar
adequado em vários municípios, inclusive em Itaboraí, sabia que conseguiria
alcançar seu sonho, mas não imaginava que ele iria se superar.
A ActionShop, atualmente, não é
somente uma empresa que aluga banheiros químicos. Ela tornou-se uma empresa que
dá destinação inteligente para tudo que vem de dentro dos banheiros. E de uma
maneira pioneira na região, trata sustentavelmente dos resíduos líquidos através da sua
ETE, “Ás Tratamento de Resíduos”, conforme podemos ver na reportagem de André
Trigueiro no Cidades e Soluções, no seguinte endereço: https://youtu.be/9ErGBD-gMQ4
Fomos recepcionados, pela Assessora de Comunicação da Empresa,
Liliane Prohmann.
Começamos observando o descarregamento de um caminhão tanque nos receptores de efluentes.
Na nossa visita, pudemos observar que a Estação usa o método de
Aeração, isto é, a oxigenação do esgoto. Esse, precisa ter um nível de
incorporação de oxigênio alto para que haja bom desempenho das bactérias no
sentido de processar a matéria orgânica. Nessa técnica não há nenhuma adição de
produtos químicos. É um tratamento 100% biológico.
Observando a lagoa de aeração 1.
O oxigênio injetado nas duas lagoas de tratamento e a luz do
sol reduzem em 70% a carga orgânica do esgoto.
Observando a lagoa de aeração 2.
Na última lagoa, lagoa de polimento, a que encerra o
processo de tratamento do esgoto, há Tilápias, Pintados, dentre outros,
totalizando, aproximadamente 5 000 peixes. Eles funcionam como bio indicadores porque, enquanto
eles estiverem respirando, vivendo e se reproduzindo, demonstra que o processo
de depuração do esgoto feito pela ÁS, está funcionando corretamente.
Comparando o efluente de esgoto tratado na última etapa do
processo de tratamento, Liliane Prohmann, mostrou-nos em que condições se encontra
essa água residual tratada.
Nessa etapa foi retirada 95% da
matéria orgânica do efluente que anteriormente era esgoto sanitário e passou a
ser produto nobre, usado na irrigação de plantas e água de reuso.
Ela mostrou-nos que,
comprovadamente, através de exames laboratoriais frequentes, essa água passa a
ser água de reuso. Uma água rica em nutrientes, NPK - nitrogênio, fósforo e potássio
- excelente para a agricultura. A água de reuso é utilizada também para uso
industrial, desde que haja uma filtração adicional na pavimentação de ruas,
obras, etc.
A partir deste momento, a água é devolvida ao Rio Macacu.
Todo o processo mencionado deveria ser feito nos esgotos sanitários
in natura que são jogados nos rios de todo o país.
Prosseguindo a visita, fomos ver
o uso inteligente e sustentável da água tratada de esgoto. Primeiramente vimos,
o Pomar de lima ácida, limão “Tahiti”, que foram plantados em parceria com a
PESAGRO-RIO Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio de Janeiro, utilizando águas
de reuso em sua irrigação.
Em seguida, caminhamos numa plantação de goiaba, também
irrigada com a água tratada de esgoto. O adubo acaba sendo a própria água, rica
em NPK.
As bananeiras, vistas desde a
chegada, encontram-se em toda a divisa de cerca com o terreno vizinho. Elas
funcionam como uma Eco barreira, já que as vizinhanças utilizam pesticidas.
Observamos que, desde que se
tomem alguns cuidados, não há problemas de tratar essas culturas com esgoto
tratado. Cuidados, como por exemplo, o limão Thaiti, tem que ser irrigado por
gotejamento para não atingir o caule e não propiciar a entrada de fungos. Já a
goiaba tem que ser irrigada por aspersão, ao redor da árvore. E a banana não
tem nenhum fator que impeça de molhar todo o caule.
No entreposto, encontramos os meeiros,
membros de três famílias da região contratadas para trabalhar nas terras onde
tem direito a metade da produção.
Observamos várias colheitas como: maracujá, batata doce, aipim, etc.
As palavras de Arthur Prohmann, na
reportagem do programa Cidades e Soluções, reforçam tudo o que sua filha,
Liliane Prohmann, mostrou-nos durante a visita: “Somos ambientalistas além de
Empresários!”, “O esgoto é uma grande solução, sabendo tirar dele os proveitos
como estamos fazendo aqui.”
Eu já sabia dos sonhos do Amigo Arthur
Prohmann de criar sua ETE, mas esta é a primeira visita que faço a sua bela
empresa. Porém, antes mesmo de visitar, já sabia que o seu trabalho estava
sendo eficiente através do olhar de outro Amigo da Escola, o Biólogo Luiz
Carlos Couto, administrador de uma fazenda Rio Macacu abaixo.
Embora os dois tenham sido
antigos Amigos do CIEP 424 Pedro Amorim, onde trabalho, nunca se conheceram,
dando assim, maior credibilidade as suas observações.
Fonte: https://youtu.be/9ErGBD-gMQ4
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