sábado, 30 de junho de 2012

Pinguim é resgatado na Baía de Guanabara, em Niterói

       Quando passeava pela praça Araribóia, em Niterói, hoje cedo, minha filha mais nova e eu, presenciamos um homem, vindo do terminal hidroviário das barcas – Estação Araribóia, carregando um animalzinho até a cabine policial.
        Paramos para ver o que estava acontecendo e percebemos que o animalzinho era um pinguim. O homem Antônio Alberto. Contou-nos que é um tarrafeiro artesanal e junto com Alessando de Sá Rosa, morador de Itaipu, encontrou o pinguim nas águas da Baía de Guanabara, próximo às barcas.


        Neste mesmo momento, chegaram alguns ambulantes com vasilhas de água para tentar hidratá-lo e limpá-lo.


        Enquanto as pessoas tentavam de alguma maneira deixá-lo mais confortável, o 3º Sargento da 12ª BPM, França Junior, que patrulhava o local, começou a ligar para seus colegas Bombeiros para que fizessem o resgate. Ao mesmo tempo que o sargento conversava com os bombeiros, tranquilizava as pessoas que passavam e começavam a aglomerar, dizendo que não era preciso se preocuparem, pois o resgate já estava à caminho.


        Fiquei emocionada e preocupada. Emocionada porque nunca havia visto um pinguim de perto e preocupada, pois apesar de ter passado para o segundo semestre de Biologia não sabia como cuidar de um pinguim.
        As pessoas que trabalham na praça trouxeram um balde com água e algumas pedrinhas de gelo e após darem um banho no pinguim para limpá-lo da água suja da Baia de Guanabara, colocaram o mesmo dentro do balde.















        Momentos depois, ao ler a reportagem do g1.globo, sobre pinguins, pude perceber que fizemos algumas coisas erradas ao cuidar do pinguim.
Na reportagem, o médico-veterinário André Sena Maia, dá as instruções de como proceder para ajudar os pinguins, quando encontrá-los. 
      Segundo ele, devolver animal ao mar não é solução, pois os animais devolvidos às águas acabam morrendo. Explica, contudo, que abrigar os animais em casa também não é uma boa solução, já que pode não só trazer doenças à ave, como também à família q cuida dela.

         “Os pinguins são animais agitados. Eles tem de estar muito debilitados para deixar alguém se aproximar. Levando os animais para casa, as pessoas leigas, que não sabem como proceder, só diminuem a chance de sobrevivência da ave”, diz o veterinário, que na época da reportagem comandava um trabalho de reabilitação e devolução dos pinguins ao meio ambiente. 
        “É preciso saber manipular o animal. As pessoas que não sabem disso podem, por exemplo, acabar sendo bicadas em áreas sensíveis, como os olhos. Além disso, quando o contato é prolongado, as fezes dessas aves podem transmitir uma doença respiratória chamada aspergilose”, completa.
        Segundo ele, as pessoas que querem ajudar devem pegar o pinguim com uma toalha seca, mantendo-o sempre afastado do seu rosto.



        Não se deve manuseá-lo para tirar fotos ou para qualquer outra coisa. Também não se deve deixar o animal no gelo. A ave deve ser acomodada numa caixa forrada com jornal e com furos, para permitir respiração. 

        O veterinário explica ainda que o ideal é entregar o animal aos Bombeiros, mas, na ausência do resgate, as pessoas podem transportá-lo até o Zoológico de Niterói. 

      Porém fiquei sabendo, pelo Sargento França Júnior, que o pinguim foi resgatado pelos bombeiros do GEMAR, comandados pelo Sargento Irineu. E que os bombeiros não puderam levar o pinguim para o Zoológico de Niterói, porque o mesmo encontra-se desativado. O que é lamentável!
        Parabéns Sargento França Junior, pelo seu belo trabalho!


quinta-feira, 28 de junho de 2012

Cúpula dos Povos

      Participei da Cúpula dos Povos no dia 20 de Junho na companhia do pessoal do PT de Itaboraí. Para quem não teve o privilégio como eu,  de participar de algum evento na Cúpula dos Povos, e/ou por algum motivo, não leu o Banner da entrada, leia abaixo o que estava escrito:


      “Você está entrando no território da Cúpula dos Povos na Rio+20 por Justiça Social e Ambiental. Aqui queremos praticar em palavras e gestos o que desejamos para o mundo.
Por isso convidamos você a ser co-responsável pelo nosso território, praticando a solidariedade, o cuidado com o/as demais participantes e com o espaço público. O Aterro do Flamengo é nosso bem comum. Aqui haverá momentos de debates e conversas, trocas de experiências e práticas, manifestações culturais e artísticas, mobilizações e muito mais.
A Cúpula dos Povos não é apenas um evento. Ela é um ponto, uma trajetória de lutas e de acúmulos de movimentos globais que querem libertar o planeta do controle das corporações.
Há 20 anos atrás, aqui mesmo no Aterro, o Fórum Global de 92 plantou as sementes que agora estamos colhendo. O Fórum Global de 92 nos inspira e nos faz herdeiros de lutas que aqui floresceram.
Por isso desejamos que a Cúpula dos Povos seja uma experiência inesquecível para você, e que sua vivência aqui ajude a transformar sua vida, individual e coletivamente, e fortaleça seu desejo de lutar por um mundo com Justiça Social e Ambiental.
Bem Vinda/o!"







       Na “Cúpula das Águas e Florestas – Diálogos Inter Redes”, participei da palestra e da Mesa Redonda: CONSTITUCIONALIDADE DO NOVO CÓDIGO FLORESTAL. Apresentada pelo Procurador da República – Rodrigo da Costa Lines. O moderador da Mesa Redonda foi Luis Felipe Cesar.














       A conversa sobre a inconstitucionalidade do novo Código Florestal na Cúpula de Água e Floresta foi muito interessante! Foi discutido o papel do Ministério Público, os instrumentos do Código Florestal, as funções da Reserva Legal, as funções das APPs, o pricipio da vedação do retrocesso socioambiental, os compromissos internacionais entre outros problemas.  

     A pedido do público presente, a ITPA - Instituto Terra de Preservação Ambiental - compartilhou a apresentação do Procurador do Ministério Público, Rodrigo da Costa Lines, e  os principais pontos discutidos no seguinte endereço do Facebook:  http://www.facebook.com/itpa.brasil.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Apaixonados pela Ferrovia

       Sou uma das apaixonadas pela ferrovia. Neta de ferroviários, cresci ouvindo histórias, observando e admirando a ferrovia, principalmente porque ela passa em frente a casa dos meus pais em Travessão de Campos.
        Observe a foto abaixo da casa dos meus pais – portão verde, que tirei hoje, 25 de junho, quando lá estive.
      Como a ferrovia é usada esporadicamente, muitas pessoas começaram a jogar lixo no seu entorno. Graças ao trabalho de conscientização de alguns moradores e da concessionária que a administra atualmente, esse problema está começando a diminuir.



         Selecionei o vídeo do Globo Reporter abaixo, para homenagear dois amigos, guerreiros apaixonados pela ferrovia, cujos depoimentos muito me emocionaram. Os depoimentos são de Luiz Otavio - Vice Presidente e Antonio Pastori Presidente da AFPF – Associação Fluminense de Apoio a Ferrovia.


       O vídeo é a parte 1 do  programa produzido pela REDE GLOBO/EP que mostra uma viagem pela história das ferrovias no Brasil com imagens gravadas em seis diferentes estados do país e viaja para Inglaterra e França, para resgatar os primeiros trens que circularam pelo mundo.

      O programa usa recursos da dramaturgia para resgatar situações que fazem parte da memória da ferrovia no país, como as dificuldades da construção da Madeira Mamoré em Rondônia e conta ainda com a participação especial de Milton Nascimento e Almir Sater, além de arranjos feitos exclusivamente para o projeto pelo compositor Mazinho Quevedo.

sábado, 23 de junho de 2012

RESTAURAÇÃO AMBIENTAL NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO


O  Governo do Estado do Rio, no dia 18 de junho de 2012, através do Comitê Estadual de apoio/ Rio +20, realizou no Pavilhão do Rio, no Parque dos Atletas os seguintes eventos: Reunião de Secretários de ambiente dos Estados e Municípios ABEMA/ ANAMMA/ AEMERJ; Restauração Ambiental no Estado do Rio de Janeiro e Global Town  Hall -ICLEI.
Fiquei muito Feliz quando constatei que minha inscrição para o evento: Restauração Ambiental no Estado do Rio de Janeiro havia sido aprovada.
O evento inicialmente teve a seguinte programação:
13h30 - 14h10 - "Importância das Ações de Restauração Ambiental no Estado do Rio de Janeiro"- Carlos Minc/ Secretário de Estado do Meio Ambiente e Marilene Ramos/ Presidente do Instituto Estadual do Ambiente - INEA
14h10 - 14h40 - "Projeto Jogos Limpos - Neutralização das Emissões de Carbono RIO 2016"Denise Marçal Rambaldi/ Vice Presidente do INEA
14h40 - 15h10 - "Planos de Manejo"- Rodrigo Bacellar/ Gerente do Serviço Estadual de Florestas do INEA
15h10 - 15h40 - "Programa Mutirão Reflorestamento Semeando Florestas"-
Marcelo Hudson de Souza/ Coordenador de Recuperação Ambiental/ Prefeitura do Rio de Janeiro
15h40 - 16h00 - coffee break
16h00 - 16h40 "Sistemas de Plantio e Restauração Ambiental Empregados no COMPERJ" - Alexsander Resende/ Pesquisador da EMBRAPA Agrobiologia
16h40 - 17h10 "Heveicultura no Estado do Rio de Janeiro (Seringueiras)"- Silvio Galvão/ Presidente da PESAGRO RIO
17h10 - 17h40 "Restauração Ambiental em Área do Corredor de Biodiversidade Tinguá – Bocaina e na Bacia do Rio Guandu"- Maurício Ruiz/ Instituto Terra de Preservação Ambiental
17h40 - 18h30 - Mesa Redonda para debate
Porém, o Secretário de Estado do Meio Ambiente, Carlos Minc, e a Presidente do INEA,  Marilene Ramos, não puderam comparecer a palestra “Importância das Ações de Restauração Ambiental no Estado do Rio de Janeiro” e foram  representados pela Vice Presidente do INEA, Denise Marçal Rambaldi.
Todas as palestras foram muito interessantes. Mas para mim, as que mais se destacaram foram: “Sistema de Plantio e Restauração Ambiental Empregados no COMPERJ” e “Heveicultura no Estado do Rio de Janeiro (Seringueiras)”.
Na primeira, Sistema de Plantio e Restauração Ambiental Empregados no COMPERJ, o pesquisador da EMBRAPA Agrobiologia, Alexsander Resende, deu  uma perfeita aula de plantio e restauração ambiental.


Ele falou sobre as ações da Embrapa no Comperj, cujo planejamento foi baseado na dinâmica da paisagem. A distribuição das espécies obedeceu ao grau de hidromorfia do solo.
Também mostrou-nos um viveiro com  mais de 250 mil mudas produzidas em 12 meses no Comperj, a compostagem feita com 300 kg de alimentos processados ao dia, gerando 100 t de adubo orgânico e alguns plantios de  mudas utilizando essa adubação orgânica.













Foi destacado que além do plantio de mudas, são feitas condução de regeneração usando associações com microorganismos.
Terminou, sinalizando que estão sendo elaborados dois livros que orientam as atividades do reflorestamento do COMPERJ.
O que mais me alegrou foi à observação do fluxograma das ações da Embrapa no COMPERJ, em que são previstas uma Educação Ambiental, com treinamento, Transferência de tecnologia e Escola. Embora, a minha escola, tenha perdido esse primeiro treinamento, por razões que não precisam  ser mencionadas, obtive a promessa do pesquisador, Alexsander Resende, que  a escola talvez seja incluída em uma próxima etapa.
A segunda palestra, Heveicultura no Estado do Rio de Janeiro (Seringueiras), foi ministrada pelo Presidente da Pesagro-RIO, Silvio Galvão, que participou do evento acompanhado pelo pesquisador da empresa, Aldo Bezerra de Oliveira – que para minha sorte, após o coffee break sentou-se ao meu  lado e esclareceu-me fatos que eu não entendia sobre heveicultura.








Silvio Galvão explicou que para participar do esforço mundial de sequestro de carbono da atmosfera,  reduzir a dependência de importação de borracha no estado,  gerar emprego e renda nos campos fluminenses, o Governo do Estado do Rio, vem  investindo no cultivo da seringueira. Afirmou que um convênio foi firmado com uma empresa fabricante de pneus, para produzir borracha natural.
Ele garantiu que o cultivo da seringueira é altamente rentável, ambientalmente correto e tem comercialização garantida porque a borracha natural é utilizada na fabricação de aproximadamente 50 mil produtos. Quase nenhum outro cultivo tem essa rentabilidade. Ganha o meio ambiente, o produtor e o trabalhador que faz a sangria da árvore.
No final da palestra o pesquisador da Pesagro, Aldo Bezerra de Olivcira, apaixonado pela Heveicultura, corroborou algumas explicações do Silvio Galvão, e disse que a Pesagro irá fazer capacitações sobre o plantio de seringueiras.














Todos os programas: "Planos de Manejo"; "Programa Mutirão Reflorestamento Semeando Florestas"; "Sistemas de Plantio e Restauração Ambiental Empregados no COMPERJ"; "Heveicultura no Estado do Rio de Janeiro (Seringueiras)" e "Restauração Ambiental em Área do Corredor de Biodiversidade Tinguá – Bocaina e na Bacia do Rio Guandu", fazem parte do projeto Jogos Limpos, um dos compromissos ambientais assumidos pelo Governo do Estado para a realização dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro.
Até 2016, devem ser plantados 24 milhões de mudas para neutralizar as emissões de gases de efeito estufa que serão produzidas durante o evento.
           O “Projeto Jogos Limpos – Neutralização das Emissões de Carbono Rio 2016”, foi muito bem explicado pelo assessor da Vice Presidência do INEA, Henrique Barbosa. Ele também foi o moderador de todo o evento.


FONTE:  
Foto: Revista Globo Rural

terça-feira, 19 de junho de 2012

Fórum de Empreendedorismo Social na Nova Economia

Empreendedores sociais de todo mundo reuniram-se para trazer ideias e ações práticas que contribuam para a emergência de uma Nova Economia, ecologicamente sustentável e socialmente justa.
O Fórum de Empreendedorismo Social na Nova Economia, que aconteceu de 15 a 17 de junho de 2012, foi um evento paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável [Rio+20].
A realização do Fórum apoiou-se no reconhecimento do papel decisivo do empreendedorismo social no movimento que procura reunificar sociedades e natureza, ética e economia como base para o desenvolvimento sustentável.
O objetivo foi debater ideias e apresentar ações práticas que contribuíssem para um novo impulso na agenda da sustentabilidade e na emergência de uma nova economia.
O fórum foi destinado a empreendedores sociais ligados a empresas, associações e governos, mas também aos que se interessam em conhecer práticas transformadoras relacionadas à mobilização e ao uso dos recursos naturais para a produção e oferta de bens e serviços.
Infelizmente, só pude participar no domingo, dia 17 de junho. Participei de 9-10h50, no Espaço das ideias circulantes 2, da oficina 2,: Governança Democrática para acesso à água, cujos participantes foram: Andrés Nápoli, da Argentina; Cristina Nascimento, do Brasil; Elizalda Marquez, de Monge do Peru e Zulmira Duarte, de Honduras. O moderador foi Boris Ramirez.
















De 11h10-13h10, também no Espaço das ideias circulantes 2, participei da Oficina 3- Moradia Cidadã. Os facilitadores desta oficina foram: Andre Albuquerque e Andessa Ferrarini, da Terra Nova; Francesco Piazzesi, do México. Vishnu Swaminathan, da Índia, foi o moderador.

De 14-17h, no Auditório das Humanidades, participei do Painel 2 – Cidades Sustentáveis: oportunidades para os empreendedores sociais. Os palestrantes foram: Boaventura de Souza Santos; Javier Maroto;  Oded Grajew e Claudia Bustamante. O moderador foi Marcio Gomes.




            O que mais me chamou atenção neste Fórum, além do alto nível dos palestrantes e suas respectivas palestras, foi à contribuição dada ao diálogo, pelo público participante, através de suas perguntas. As perguntas vigorosas aumentaram a qualidade da reflexão.
Um comercial da TV diz que o que muda o mundo não são as respostas, mas as perguntas. Perguntas tímidas fornecem respostas convencionais e dentro dos paradigmas vigentes, perguntas vigorosas libertam nossa imaginação e nos levam a explorar novos caminhos e a gerar ideias inovadoras.
Espera-se que elas tenham tido o poder de provocar mudanças profundas e em larga escala, contribuindo assim para a emergência de uma Nova Economia, ecologicamente sustentável e socialmente justa, o grande objetivo do Fórum.