Quando passeava pela praça Araribóia, em Niterói, hoje cedo, minha filha mais nova e eu, presenciamos um homem, vindo do terminal hidroviário das barcas – Estação Araribóia, carregando um animalzinho até a cabine policial.
Paramos para ver o que estava acontecendo e percebemos que o animalzinho era um pinguim. O homem Antônio Alberto. Contou-nos que é um tarrafeiro artesanal e junto com Alessando de Sá Rosa, morador de Itaipu, encontrou o pinguim nas águas da Baía de Guanabara, próximo às barcas.
Neste mesmo momento, chegaram alguns ambulantes com vasilhas de água para tentar hidratá-lo e limpá-lo.
Enquanto as pessoas tentavam de alguma maneira deixá-lo mais confortável, o 3º Sargento da 12ª BPM, França Junior, que patrulhava o local, começou a ligar para seus colegas Bombeiros para que fizessem o resgate. Ao mesmo tempo que o sargento conversava com os bombeiros, tranquilizava as pessoas que passavam e começavam a aglomerar, dizendo que não era preciso se preocuparem, pois o resgate já estava à caminho.
Fiquei emocionada e preocupada. Emocionada porque nunca havia visto um pinguim de perto e preocupada, pois apesar de ter passado para o segundo semestre de Biologia não sabia como cuidar de um pinguim.
As pessoas que trabalham na praça trouxeram um balde com água e algumas pedrinhas de gelo e após darem um banho no pinguim para limpá-lo da água suja da Baia de Guanabara, colocaram o mesmo dentro do balde.
Momentos depois, ao ler a reportagem do g1.globo, sobre pinguins, pude perceber que fizemos algumas coisas erradas ao cuidar do pinguim.
Na reportagem, o médico-veterinário André Sena Maia, dá as instruções de como proceder para ajudar os pinguins, quando encontrá-los.
Segundo ele, devolver animal ao mar não é solução, pois os animais devolvidos às águas acabam morrendo. Explica, contudo, que abrigar os animais em casa também não é uma boa solução, já que pode não só trazer doenças à ave, como também à família q cuida dela.
“Os pinguins são animais agitados. Eles tem de estar muito debilitados para deixar alguém se aproximar. Levando os animais para casa, as pessoas leigas, que não sabem como proceder, só diminuem a chance de sobrevivência da ave”, diz o veterinário, que na época da reportagem comandava um trabalho de reabilitação e devolução dos pinguins ao meio ambiente.
“É preciso saber manipular o animal. As pessoas que não sabem disso podem, por exemplo, acabar sendo bicadas em áreas sensíveis, como os olhos. Além disso, quando o contato é prolongado, as fezes dessas aves podem transmitir uma doença respiratória chamada aspergilose”, completa.
Segundo ele, as pessoas que querem ajudar devem pegar o pinguim com uma toalha seca, mantendo-o sempre afastado do seu rosto.
Não se deve manuseá-lo para tirar fotos ou para qualquer outra coisa. Também não se deve deixar o animal no gelo. A ave deve ser acomodada numa caixa forrada com jornal e com furos, para permitir respiração.
O veterinário explica ainda que o ideal é entregar o animal aos Bombeiros, mas, na ausência do resgate, as pessoas podem transportá-lo até o Zoológico de Niterói.
O veterinário explica ainda que o ideal é entregar o animal aos Bombeiros, mas, na ausência do resgate, as pessoas podem transportá-lo até o Zoológico de Niterói.
Porém fiquei sabendo, pelo Sargento França Júnior, que o pinguim foi resgatado pelos bombeiros do GEMAR, comandados pelo Sargento Irineu. E que os bombeiros não puderam levar o pinguim para o Zoológico de Niterói, porque o mesmo encontra-se desativado. O que é lamentável!
Parabéns Sargento França Junior, pelo seu belo trabalho!
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